Apesar de não terem caído nas graças de Hollywood como outros profissionais, os engenheiros não foram completamente esquecidos. Confira alguns filmes que fazem referência à Engenharia em suas histórias e como a esta profissão pode afetar a vida das pessoas.
Apollo 13 – Do Desastre ao Triunfo
O filme relata a trajetória da sétima missão tripulada do Projeto Apollo – e a terceira que tinha o objetivo de pousar na Lua. Aproximadamente 56h após a nave ser lançada, os três astronautas escutaram uma explosão e então, a frase dita por um deles, “Houston, we have a problem here (Houston, nós temos um problema aqui)”, marcou o início da heroica missão de trazer a nave de volta à Terra e preservar a vida dos tripulantes. A partir daí, engenheiros de voo calcularam freneticamente trajetórias e duração de motores, combustível e energia. Após seis dias no espaço, os tripulantes retornaram a salvo da missão.
Estrelado por Tom Hanks, Bill Paxton e Kevin Bacon, o filme foi lançado em 1995 e faturou mais de 355 milhões de dólares em todo o mundo.
Tempos Modernos
Nesse clássico filme, o cineasta Charlie Chaplin interpreta o personagem O Vagabundo. A obra retrata a época da Revolução Industrial e como isso aconteceu para os trabalhadores da época que, à frente da linha de montagem, exerciam suas funções de forma repetitiva e exaustiva. O personagem, então, tem surtos psicológicos devido à altíssima demanda de trabalho.
Com uma temática diferente das vistas antes em filmes e totalmente sem falas, a produção faz uma forte crítica ao capitalismo, ao fordismo e ao nazifascismo, ao mesmo tempo em que apresenta avanços tecnológicos e faz refletir sobre as relações de trabalho – muitas vezes, até hoje parecidas à retratada.
Estrelas além do tempo
Na década de 1960, em plena Guerra Fria, ainda vigorava nos Estados Unidos a lei da segregação racial. Nesse cenário, um grupo de mulheres negras contribuíram significativamente para a conquista espacial. Elas atuaram como computadores humanos e faziam cálculos de alta complexidade envolvidos na missão de levar o homem ao espaço.
O filme retrata a vida de três dessas mulheres, que quebraram barreiras raciais e de gênero. Sem colocá-las como vítimas, a obra exalta a vontade de que o trabalho fosse concluído com sucesso e de serem aceitas na sociedade, mostrando também a luta das mulheres (principalmente das negras) para a valorização no trabalho e conquista de cargos, como ser engenheira. Lançada em 2016, a produção recebeu três indicações ao Oscar: melhor filme, melhor roteiro adaptado e melhor atriz coadjuvante.
Ponte do Rio Kwai
A produção se passa durante a Segunda Guerra Mundial, na Tailândia, e mostra a vida de prisioneiros britânicos que constroem em plena selva uma ponte para o transporte ferroviário sobre o rio Kwai. A fim de motivar seus homens, o coronel Nicholson, que estava à frente da missão, utiliza a ponte como um instrumento para que os operários se orgulhem da grande obra que estão fazendo. Em Kanchanaburi é possível visitar a estrada, também conhecida como ferrovia da morte, onde até hoje passam trens.
O filme, lançado em 1957, conquistou sete estatuetas no Oscar do ano seguinte: melhor filme, melhor diretor, melhor ator, melhor fotografia, melhor edição, melhor roteiro adaptado e melhor trilha sonora.
Minority Report
Estrelado por Tom Cruise e dirigido por Steven Spielberg, o filme de ficção se passa no ano de 2054, nos Estados Unidos. Na produção, um departamento de polícia especializada, o Pré-Crime, faz previsões paranormais do futuro. Assim, é possível combater o crime antes mesmo que ele aconteça, o que fez a taxa de assassinatos cair para zero. Para isso, as engenharias de computação e eletrônica são destaque do filme de 2002, que traz conceitos de design de carros do futuro, sistemas de biometria com scanners de retina e pequenas mídias de armazenamento.
O longa foi aclamado pela crítica especializada e indicado ao Oscar por sua trilha sonora.
Medianeras: Buenos Aires na era do amor virtual
O filme argentino é considerado uma agradável surpresa pela crítica. O longa retrata a relação do web designer Martin com o espaço em que vive: um cubículo de apartamento em um prédio que denomina de “caixa de sapatos”; e de Mariana, uma espanhola recém-separada que sofre com o isolamento e a solidão. Nesse contexto, aborda o crescimento e falta de planejamento da cidade – no caso, Buenos Aires -, aumento do número de pessoas e diminuição dos espaços. Uma conexão entre a Engenharia, a Arquitetura, a modernidade, e a consequência de todas essas mudanças para seus habitantes. A produção é uma verdadeira reflexão sobre como o espaço – e tudo que há nele – pode interferir na vida e na relação dos seres humanos.
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